E mais um corrida eleitoral se inicia!

2 out

Saiba utilizar essa máquina. O país depende disso.

E começa mais uma corrida pela posse das confortáveis poltronas do Governo. Seja em Brasília, seja na sua pequena cidade, os “bons samaritanos” já estão tecendo seus melhores discursos, recheados de falsos moralismos, mentiras, verdades, boa intenção e muito, mas muito rabo preso (em sua grande maioria).

A maior parte das pessoas que me conhecem sabe que sou apolítico, pra quem não entendeu a palavra significa que não sou partidário, não gosto de política, nem de político. Aí vocês me perguntam: Porque?, e eu respondo de forma clara e objetiva, “eu não acredito na política brasileira”. E isso não é de agora, quando adulto! Não, isso vem desde os tempos de criança, anos 80 e 90, quando comecei a entender um pouco mais sobre o assunto.

Me lembro bem de escândalos como do INAMPS, Caso Vale,  INSS,  Previdência, sobre a administração do PT (Paulo Tarso), Precatórios e o tão famoso (e malfadado) Fernando Collor de Mello. Com certeza a grande massa da internet atual não faz ideia de quem é e o que fez o ex-Presidente Fernando Collor (muito menos sobre os outros citados, o que dirá da atualidade), mas eu digo, ele e sua corja disfarçada de bons moços foram responsabilizados por crimes de corrupção, exploração de prestígio, falsificação, sonegação, formação de quadrilha, falso testemunho, entre tantos outros. Estimava-se que um total de 6 milhões e 500 mil dólares haviam sido transferidos para os gastos pessoais do presidente. E esse foi apenas o caso do Collor!

A minha base de experiência política se formou numa das épocas mais tempestuosas sobre o assunto. Era tanto escandalo, tanta roubalheira e tanta pizza que a indigestão era certa. Atualmente, adulto e ciente dos fatos atuais, presenciei mais uma montanha de absurdos cometidos pelos políticos que nós colocamos no Poder, seja Municipal, Estadual ou Federal, absurdos que nos revoltam, nos entristecem, e que infelizmente só são lembrados quando não temos campeonato de futebol, BBB, novela de sucesso e em época de eleição. O povo brasileiro tem memória curta e seletiva, só fixa o que lhe interessa e o que não se converte em acionar o funcionamento do cérebro, afinal, pensar em coisas que nos desagradam é cansativo, chato e no fim das contas nada será feito pra mudá-lo.

Eleições. Pra começar o assunto eu digo que, na minha opinião, num país dito democrático o voto deveria ser facultativo, ou seja, não obrigatório. A nossa Lei, que nos determina o “direito” do voto parece temer a falta de quórum em algum momento, dado o grau de insatisfação de boa parte da população em relação à política nacional. Podemos perceber o elevado nível de casos de corrupção que domina o país, desde as grandes metrópoles até as cidades mais remotas, que normalmente são os locais onde a festa é grande, mas como as pessoas tem baixo grau de instrução (as vezes nenhum) nada é percebido imediatamente. Sou contra o voto obrigatório, não que eu determine que nunca votaria, muito pelo contrário, gostaria de fazê-lo, assim como o faço, nos momentos em que a minha consciência me guiasse pra isso. Nos últimos 10 anos eu não participei da “festa da democracia”, havia me mudado para outra cidade que não meu colégio eleitoral, justificando meu voto, ou anulando quando o fazia.

Hoje estou de volta à minha antiga cidade, Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro. Um paraíso natural a beira mar, cercada por 365 ilhas e mais de duas mil praias e 509 anos de história brasileira. Um prato cheio para o turismo, para o crescimento econômico, social e cultural, mas entra mandato e sai mandato e pouco é feito para se melhorar isso. O Governo local nunca primou pela rica história do município, permitindo a destruição do patrimônio histórico da cidade e a não manutenção dos que restaram. A Infraestrutura pro turista também não anda bem das pernas. Até poucos anos atrás não existia um centro de recepção e informações suficientemente bom, o cais onde atracava-se as barcas para a Ilha Grande parecia um cenário de filme de terror, não haviam banheiros públicos pela cidade, guarda-volumes, estacionamento, guias… enfim, ficava a cargo do próprio turista se virar na cidade, e da maneira que podia. Atualmente isso mudou um pouco (não pelo presente Governo). Foram construídos novos banheiros públicos, conhecidos como o “Banheiro do Milhão”, dado seu custo (!!!), um novo cais de turismo, com recepção, catracas, deck de madeira em toda sua extensão, novos restaurantes em seu entorno, o centro da cidade foi reformulado para que fossem adicionadas novas vagas de estacionamento, enfim, houve uma melhora nesse ponto, mas no que diz respeito a todos os outros pontos fica a desejar.

Um dos pontos que citei acima e que me deixa desgostoso é sobre o patrimônio arquitetônico que vem sendo destruído. Uma cidade com a história que Angra tem deveria ser protegida, assim como se fez com Paraty, tornar-se patrimônio da humanidade, mas infelizmente o progresso anda de mãos dadas com o esquecimento, e o Governo local apoia essa atitude destruidora, autorizando demolições de prédios e casas antigas. É triste e deprimente.

Enfim, se eu for enumerar todos os problemas que encontrei, tanto em Angra dos Reis, quanto nas outras cidades que morei, iria escrever por muitas outras páginas. A política brasileira é baseada no esquecimento, na memória fraca do povo e não sua não capacidade de lutar por um ideal político sério, que valha para o coletivo e não apenas para si. Penso que essa realidade pode ser mudada sim, mas para que isso aconteça as pessoas precisam entender mais sobre a administração do país, saber para onde vão seus impostos, o que de bom é feito para a sociedade, não apenas marcar presença no dia das eleições, votar no primeiro canditado que aparecer e esperar que ele mude a realidade atual.

Outro fato importante acerca do circo político que acho que deveria mudar é a forma como são feitas as candidaturas. Atualmente qualquer pessoa que queira concorrer a um cargo é livre para fazê-lo, não importando a sua capacidade política, o seu grau de conhecimento sobre administração municipal, no caso dos vereadores, e muito menos o seu grau de instrução. A festa é tão grande e descarada que os cicerones lançam candidatos que mais se assemelham a figuras folclóricas! É Mazaropi da Carroça, Pelé da Moto Preta, Zé das Couves, Clark Crente…. tudo para que o eleitorado inerte e despreocupado vote nesse tipo de candidato, visando a quantidade de votos que a legenda recebe, podendo assim eleger um número maior de raposas, digo, candidatos.

Aqui em Angra temos um bom exemplo de candidato de legenda. Um senhor que reside na minha rua, que só faz campanha aqui, na nossa rua!!! Só distribui santinhos, placas e usa o carro de som com seu jingle irritante aqui! Chega a ser cômico vê-lo dirigir de uma ponta a outra da rua sem ao menos sair dela. E o pior, esse indivíduo teve o disparate de colocar placas de candidatos “raposas” na sua própria casa! E aposto, ainda recebe votos, nem que seja apenas o dele mesmo.

Ainda sobre os “raposas”. Aqui temos um bem famoso, com nome de cidade de nascentes de água mineral. Homem poderoso, rico, influente, praticamente um Coronél dos contos de Jorge Amado. Manda e desmanda como quer. Já foi prefeito e hoje é Deputado Federal, e já apareceu até no programa CQC, da Band, passando vergonha, é claro. Esse senhor é um dos atuais candidatos a reeleição para prefeito em Angra dos Reis. Não digo que seu governo municipal tenha sido de todo ruim, seria mentira se o fizesse. Fez muita obra, construiu, reformou, maquiou e mudou a cara da cidade, mas ao meu ver foi o último verbo que prevaleceu. A cidade foi maquiada.

Existe aqui um outro empresário do ramo de alimentos, também candidato a vereador, que lançou como base de projetos do seu plano político um projeto muito interessante e viável para a cidade. Trata-se de um trem de passageiros, o VLT, um trem, também conhecido como “Metrô de Superfície”. O projeto, atualmente viável e favorável à situação atual acerca do transporte público local e o espaço físico da cidade para os carros, foi motivo de chacota numa reunião do candidato citado anteriormente. O custo inicial apresentado é de 20 milhões de Reais, muito abaixo dos 32 milhões investidos na despoluição da Praia do Anil, que nunca aconteceu, mas é adornada com uma bela placa dizendo “Governo Presente”. O candidato das minorias mais abastadas disse que, caso esse projeto fosse aprovado, ele construiria uma ponte ligando o continente ao Provetá, na Ilha Grande. Piadas criadas a partir da confiança e do dinheiro do contribuinte só é engraçada para quem frequenta os belos salões do Governo. Para nós é como soda cáustica. Fede, destrói e mata, principalmente a nossa consciência política.

Enfim, reafirmo minhas convicções, não acredito na política brasileira de forma geral. Sei que muitos políticos (ou nem tanto assim) ainda pensam de forma coerente, generosa e honesta, lutando pelo coletivo e não pelas minorias, buscando melhorar a sociedade como um todo, mas infelizmente uma grande parcela desses bons samaritanos será contaminada pelo poderoso veneno dos podres e dos Coronéis. Nessas eleições eu vou votar sim, porém, apenas para vereador. Em se tratando dos candidatos à Prefeitura prefiro me abster. Não confio em nenhum dos dois pelo seu passado e histórico político. Sei que um deles subirá ao tão desejado trono, mas eu prefiro não fazer parte dessa coroação.

Busquem informações, pesquise seu candidato, saiba seu plano de governo, converse com outros sobre a vida desse “possível” político. Não se deixe enganar por palavras doces, apertos de mão ou “agrados” que oferecem. Não se renda às raposas sedentas, não se venda. Pense, aja, lute! Mudar a realidade do nosso país depende de nós, e só!

 

Pensando nessa tal de vida

17 mar

 

Como se mede o nível de fracasso de uma pessoa? Será pela quantia que se tem no banco? Pelas posses, ou a falta delas? Talvez até pelos “amigos” que possui, talvez não.

Uma coisa posso dizer com certeza, depende do tipo de fracasso que estamos falando. Eu me considero um vencedor em vários aspectos, como um batalhador que conseguiu fazer uma faculdade, mesmo com tudo contra. Um cara que estudou e trabalhou ao mesmo tempo, enquanto a maioria dos colegas de curso não precisava. Um cara que hoje tem  31 anos, 15 deles com carteira assinada em algumas empresas, e numa delas eu consegui ganhar um bom dinheiro. Mas isso foi em 2003, passou.

Quando eu decidi me mudar de Angra pra estudar não imaginei que a vida fosse ser um mar de rosas, claro que não, mas também não poderia imaginar que fosse ser tão complicada. Por um bom tempo morei sozinho, num apartamento alugado, mas a falta de um bom emprego e regularidade de pagamento não me deixaram ficar dessa forma por muito tempo, e fui obrigado a morar de favor na casa de parentes, meu avós. Os amo incondicionalmente, mas se eu pudesse escolher eu NUNCA iria morar com eles.

Todos dizem que lidar com pessoas idosas é complicado e tal, isso depende, vai de acordo com quem se está lidando. Conheço, tanto na família quanto fora dela, pessoas mais idosas que são fantásticas! Parecem ser mais novos do que eu, eternas crianças, enquanto aqui em casa a situação é outra. São, aliás, eram, meu avô se foi ano passado, pessoas complicadíssimas! Cheios de manias intransponíveis, rixas, brigavam o tempo todo, e eu sempre levava. O pior pra mim era ser chamado de vagabundo por estar sem trabalho fixo, eu trabalhava em casa, com freelancer, mas pra eles isso era vadiar. Certo dia minha avó me disse que eu devo ter algum problema sério, porque além de nunca parar com mulher nenhuma eu não conseguia parar em emprego nenhum, e que esse problema com certeza era eu. Como se hoje em dia pudéssemos realmente escolher nossos empregos assim. Hoje chegou a conta de energia, com medição errada, fato! A média é sempre de 100 reais, e a desse mês veio 170 reais. De quem é a culpa pelo aumento? Nem preciso dizer né! Instalei um reator de fusão de prótons no meu quarto e não to sabendo, e o pior, deve ser 110 v!

O fato de ter que viver dependendo de outras pessoas é péssimo, a não ser quando a pessoa procura isso. Eu odeio! Me sinto um nada quando paro pra refletir sobre a minha vida e os caminhos que ela tomou. O sucesso já deve ter passado na minha frente e eu não vi, e hoje, com trinta e um anos não vejo muito futuro pra mim. Pode parecer exagero à quem vê de fora, mas pra mim, no meu íntimo, é o que eu acho. Vou acabar vivendo de subempregos o resto da vida. Até nisso eu tenho levado tombo. Meu último emprego foi numa agência de publicidade, primeira experiência na área depois de formado. Adorava trabalhar lá, fazia a parte de criação, que é o que escolhi na profissão, até que um dia, quatro meses depois, fui demitido. Os motivos que o ex patrão relatou tinham fundamentos sim, mas tenho certeza de que tem mais coisa debaixo desse tapete, mas isso não vem ao caso. Num momento assim sempre temos a quem nos apoiar, como os pais, irmão e amigos VERDADEIROS. Em casa tive o apoio de todos, e críticas de alguns, silenciosas na maior parte do tempo, mas quem entende um mínimo de convivência com o ser humano sabe ler um texto inteiro só de olhar pro rosto de alguém.

Puta falta de sacanagem hein São Pedro!!!

3 jan

Pra quem viajou pra praia no fim de ano como eu só rolou decepção! Peguei dois dias de sol no Rio e o resto só chuva!

Saca nas fotos de baixo como estava no Rio e como está AGORA em Volta Redonda!

A bela praia de Copacabana no dia 30/12

Volta Redonda na tarde do dia 03/01

Puta falta de sacanagem hein!

Réveillon em Copacabana, pura ilusão

3 jan

Acho que todo brasileiro já pensou em curtir sua virada de ano no Rio de Janeiro, mais precisamente na praia de Copacabana. Um momento que pra muitos é um sonho, às vezes distante, por morar em outros estados ou até mesmo em outros países. Pra mim que moro muito perto da capital do estado é fácil, cerca de duas horas me separam do cartão postal mais famoso do Brasil.

Durante toda a minha vida o meu destino de fim de ano foi Angra dos Reis, cidade onde cresci e onde estão minha família e amigos, mas nesse finalzinho de 2011 resolvi ir pro Rio com um grande grupo de amigos da época de faculdade e trabalho. Tudo acertado seguimos para lá. A maioria ficou em Copacabana mesmo, no apartamento de um dos amigos que já mora lá, e eu e mais um fomos pra Botafogo, onde é o apartamento da minha irmã, que estava vazio.

Nos dias anteriores ao grande momento havia sol, praia, curtição. Fomos à Lapa, uma das melhores opções de diversão noturna pra quem está com a grana curta, e curtimos muito! Mas, infelizmente, o tempo não ajudou e chuva caiu, inevitavelmente. E sem parar! Já era a Lapa, o Jardim Botânico, Cristo ou qualquer outro ponto turístico da cidade. O Rio Sul e os bares dos postos de gasolina perto de casa se tornaram nossos pontos de encontro.

O dia 31 estava mais próximo, e foi então que resolvi ir ao Rio Sul pra comprar as entradas para o réveillon do Costa Brava, no Juá, local pra onde iria toda a galera. Festa de elite total, o problema é que quando chegamos à loja o valor tinha pulado de 350,00 para 450,00! Claro que não paguei, afinal, seriam duas entradas. Nos restou o tão falado réveillon na praia de Copacabana… e foi aí que o martírio começou!

Às 20hs já estávamos prontos pra sair, e a chuva não parava! Imaginem só, todo mundo vestido de branco, perfumado e pronto pra mulherada e a porcaria da chuva não dava trégua! Saímos do apartamento caminhando, já que ônibus e metrô estavam impraticáveis, além do fato de morar na Rua Gal. Severiano, do lado do Plaza Shopping e do túnel de acesso à Copa. A ida já foi tensa, as ruas lotadas, trânsito totalmente parado e muita sujeita pelo caminho, o que só contribuiu pra sujar ainda mais nossas roupas. Paramos no posto perto de casa pra comprar mais cerveja e seguimos pelo túnel.

Finalmente a praia, que beleza não! É, não mesmo! O lugar estava um inferno de tão cheio, as ruas pareciam rios de gente, fluindo o tempo todo em direção à orla! Paramos numa tenda pra comprar mais cerveja e tivemos nossa primeira surpresa, R$7,00 POR UMA LATA DE ANTÁRCTICA!!!! Se ao menos fosse uma Bhrama eu até pagava. Dali seguimos pra areia e tentar arrumar um lugar pra ficar à beira-mar. Levamos quase 20 minutos pra atravessar a faixa de areia, SEM SACANAGEM! Não existia espaço, fora que a beira do mar era um mictório a céu aberto! Sem chance de passar a virada de ano com milhares de pintos e cheiro de urina do lado da gente né!

Eu estava ali no meio!

Sendo assim subimos de volta em direção à Av. Atlântica, mais 20 minutos de obstáculos, e a chuva não dava trégua. Neste momento nossas roupas já estavam completamente enxarcadas, o dinheiro no bolso quase se desfazia de tão molhado. Logo que chegamos no asfalto o telefone de um dos amigos toca (maluco de ter levado o iPhone e o Blackberry pra lá), era a namorada pedindo pra encontrar com ele ATRÁS DO COPACABANA PALACE!!!! Quem em sã consciência usa esse lugar como ponto de encontro??? Metade do planeta está exatamente ali! Enfim, seguimos contra a correnteza humana, e foi aí que começou a pior parte da noite. Além da chuva forte que teimava em cair sem parar, fomos sendo esmagados caminho afora! Em muitos momentos a multidão estacava e o resultado era o esmagamento. Por vezes senti mãos dentro dos meus bolsos, ainda bem que não levei nada, nem documentos. Quando paramos ao lado de uma van vimos uma cena que ainda não saiu da minha cabeça, uma família (de imbecis) tentava também subir em direção à Av. Nossa Srª de Copacabana com duas crianças de colo, aparentavam ter menos de 1 ano! Onde já se viu levar bebês pra esses locais, sem segurança, os deixando na chuva, com frio e chorando!

Depois de muito esforço e muitas pisadas nos pés conseguimos chegar. Aproveitei pra comer um milho verde, que é o que tinha na hora, e compramos mais algumas cervejas. Depois de uns 20 minutos a garota aparece e nos faz andar uns 2 quarteirões até outra rua paralela pra encontrar o resto dos seus amigos. Como a meia noite se aproximava e o povo não se mexia eu e meu amigo resolvemos sair dali e ir em direção à praia.

Já na Av. Atlântica mais uma vez meu camarada precisava desesperadamente de um banheiro, ele tem problema nos rins e não pode segurar muito tempo. Incrivelmente não havia nenhum banheiro químico nas proximidades, apenas dentro das áreas delimitadas para os ditos “VIPS” e para os funcionários da prefeitura. Pedimos pra várias pessoas para que ele pudesse usar, mas em vão. Não teve jeito, ele se aliviou atrás de uma ambulância mesmo!

Por fim, cansados de andar, com frio pela chuva forte e o vento resolvemos parar no canteiro central da pista na altura do posto 4. Ficamos debaixo de uma árvore aguardando o tão esperado momento. Enquanto esperávamos torcemos nossas camisas pela segunda vez!

Finalmente começamos a escutar a contagem regressiva pelos auto-falantes da praia, e no zero acabamos de boca aberta com o único momento realmente válido daquela noite. A queima de fogos foi a mais espetacular que eu já vi na vida! Foram quase 20 minutos de espetáculo, muito bem sincronizado e desenvolvido. Chorei, é claro, lembrando de tantos momentos bons, ótimos e também os ruins de 2011. Agradeci à Deus pela vida e pela família.

Ao término do show de fogos a certeza não era outra, DIRETO PRA CASA! Show do David Guetta? Nem pensar! Seguimos andando junto ao fluxo de pessoas em direção ao túnel, e pela primeira vez eu vi o trânsito completamente parado entre Copacabana e Botafogo. Atravessar o túnel foi tranqüilo, e engraçado em alguns momentos. Muita gente bêbada, se arrastando pelas paredes, caídas no chão, apoiadas em ônibus…. coisa feia de se ver, mas engraçado! Quando passamos do Rio Sul aproveitamos pra ir no posto comer um sanduíche e comprar mais cerveja, dali viramos a esquina e entramos em casa. Só aí percebi o quanto estávamos sujos! O jeito foi tomar um belo banho, ligar o ar condicionado e dormir, o melhor momento da noite de réveillon!

Virada de ano em Copacabana? NUNCA MAIS!!!! Junte uma grana e compre uma entrada pra qualquer clube da alta, pro jóquei, ou até mesmo pros quiosques da orla, mas nunca, NUNCA na sua vida enfrente a multidão alucinada na praia. Tenho certeza de que não será agradável!

“E teje dito”

Uma divagação sobre a política brasileira

24 mar

Será que existe um país perfeito? Ou ao menos algo próximo disso? Parece que não, não é mesmo? Quando pensamos em governo logo nos vem à mente a palavra corrupção, coisa corriqueira aqui no Brasil, infelizmente. Mas sim, existe um país onde a população é encarada com respeito e cidadania. Esse lugar “mágico” é a Finlândia!

Sim pessoas, a população Finlandesa é considerada uma das mais satisfeitas em todo o mundo com o próprio Governo, junto dos japoneses, ingleses e americanos. E não me para menos. Um país que REALMENTE se preocupa com a qualidade dos serviços sociais prestados a todos, sem exceção. Na mãe pátria da Nokia o índice de analfabetismo é próximo a zero e todos têm total acesso aos melhores hospitais e profissionais de saúde, universidades, escolas, enfim, e tudo custeado pelo governo, que utiliza corretamente os impostos dos cidadãos.

Mas voltando à nossa realidade, quando se fala sobre ilustríssimo Governo Brasileiro a única coisa que vem à mente é decepção. Sim, EU NÃO TENHO ORGULHO DE SER BRASILEIRO, tenho vergonha! Um país enorme, cheio de diversidades, culturais e naturais, dono de tantas riquezas, como a maior quantidade de água doce do planeta, as mais belas paisagens, tudo isso é apagado pelo enorme poder da corrupção que vai desde os governantes, senadores, ministros até prefeitos de micro cidades e seus vereadores. O que mais assistimos nos noticiários são matérias sobre fundos desviados, propinas, mensalões, altos gastos com salários e bonificações aos políticos, esses, votados pelos próprios. E o pior de tudo é que a população aceita de boca fechada, reclusa na sua “zona de conforto”.

Enquanto estiverem vivendo a maravilhosa política do “pão e circo” imposta pelo Governo nunca irão fazer nada de concreto para mudar essa realidade, muito pelo contrário, fizeram algo tão absurdo quanto aceitar os abusos do poder público, colocaram um palhaço (literalmente falando) na Câmara dos Deputados como forma de protesto. Isso é simplesmente absurdo! Candidato pelo PR de São Paulo, Francisco Everardo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca, foi eleito com mais de um milhão de “votos de protesto”, uma candidatura mais do que atrapalhada, visto que o candidato é analfabeto, não possui, ou possuía, já que foi eleito, nenhuma condição de assinar o próprio nome; veiculou vídeos durante a campanha com slogans como “Vote Tiririca. Pior que tá não fica”, ou ainda Você sabe o que faz um deputado federal? Eu também não. Vote em mim que eu te conto”, e o eleitor ainda tem coragem de PROTESTAR votando nele? Realmente foi a piada do século! Meus parabéns aos imbecis, digo, eleitores.

Agora voltando aos altos escalões do nosso digníssimo governo. Vamos relembrar o aumento do salário mínimo, que foi realmente mínimo, ínfimo. O que já era micro continuou mini. Em 2010 o contribuinte recebia R$510,00 para manter a vida em ordem com o mínimo de dignidade, e em 2011 nosso Ministro da Fazendo, Guido Mantega anunciou que o salário receberia um aumento considerável, fechando em R$540,00 e mais tarde, após uma sucessão de correções fechou em altíssimos R$545,00. E viva o Brasil! O país do desenvolvimento social e econômico! Enquanto isso os parlamentares votam o aumento de seus próprios salários! E não há como negar não é mesmo, como um Deputado pode viver atualmente no Brasil ganhando apenas R$16,512,00??? Não tem condições mesmo! Então foi votado e aprovado o aumento de seus míseros salários para R$26.723,13. Nada tão alto comparado ao que a população recebe pra pagar todas as suas contas, alimentação, transporte, aluguel… E por aí vai. Fora os salários, os parlamentares recebem ainda alguns auxílios, como moradia, passagens aéreas, combustível, cartões corporativos, funcionário de gabinete e até mesmo um auxílio paletó, embolsando nada mais nada menos do que mais de R$30.000,00 por mês pra comprar paletós! São italianos? Só pode! Cada parlamentar custa mais de R$139.000,00 por mês aos cofres públicos, e sinceramente, não vejo resultado vindo deles pra justificar tantos gastos, só escândalos!

Até mesmo os presidiários que tem filhos recebem uma verba chamada “Auxílio Reclusão”, que pode chegar a R$862,11 (R$21,5 milhões por mês e quase R$300 milhões por ano). Eu considero esse “auxílio” mais uma “Bolsa-bandido”! De que adianta manter o criminoso preso num sistema carcerário falido e corrupto? Se a FEBEM é a escola do crime os presídios são as faculdades. Os detentos não recebem nenhum tipo de instrução ou ocupação, são amontoados em celas imundas e superlotadas, sofrendo todo tipo de abusos, tanto por parte dos colegas de cela quanto dos agentes penitenciários. Sei também que as famílias dos presos têm direito à cidadania, mas agir dessa forma é um tanto quanto absurdo. O Brasil deveria se espelhar em países que conseguiram com sucesso modificar seu sistema prisional, mudando a velha imagem denegrida pelo sofrimento para um ambiente realmente social, onde os presidiários recebem instrução, apoio psicológico, atendimento de saúde e aprendem uma profissão. Muitos países da Europa assim fizeram e se tornaram um modelo a ser seguido.

Mas aí eu te pergunto, o Brasil faria uma revolução dessas? E eu respondo, DUVIDO! Não sou especialista em política, e muitas das coisas que disse aqui podem não estar totalmente corretas, mas tenho capacidade o suficiente para discernir o certo do errado e ter opinião uma formada. Eu penso que estamos afundados numa corrupção tão abismal que não é de interesse do Governo e dos seus dirigentes elevarem a qualidade de vida do brasileiro. Sim, parece fantasioso, eu sei, mas pensem comigo, diante de tantos escândalos, desvios de dinheiro público, propinas, apropriação indébita e tantas outras maracutaias em que se envolvem, os políticos acabariam perdendo muitos canais práticos para ganhar cada vez mais dinheiro. Sem as verbas para programas sociais como Bolsa-família, Auxílio-gás, Auxílio-luz, educação e tantos outros projetos, de onde poderiam continuar desviando dinheiro público? A partir do momento em que o país se encontrar numa situação realmente tranqüila em relação a isso, o Governo perderia parte do seu poder sobre a população, e a mesma não se calaria mais ante aos absurdos cometidos por aqueles que regem a nação. O povo que possui conhecimento, educação e acesso a tudo aquilo que lhe é de direito sabe como manter as rédeas do seu governo, sabe discernir  o certo do errado e não se esconde atrás de migalhas jogadas em sua frente.

Infelizmente o povo brasileiro ainda é burro! Finge não ver nada do que acontece no país, só sabe reclamar com quem está do seu lado na fila no INSS e fazer barraco e quebra-quebra quando quer mudar alguma coisa, e em muitos momentos nem há essa necessidade. Enquanto o Brasil for povoado por pré-históricos semi-analfabetos e figurões espertalhões nunca perderemos essa imagem de humilhação pública no cenário mundial, o famoso país do Oba-Oba!

Acordem cidadãos! Abram os olhos para o circo que se fez o Governo brasileiro. Ou então não, voltem a dormir e sonhar com uma nação feliz e satisfeita como os Finlandeses citados no início do post.